domingo, 20 de dezembro de 2009

"Avatar" chama a atenção por impressionante espetáculo visual

"Avatar", o esperadíssimo novo projeto de James Cameron atende com sobra as expectativas ao que se refere à imagem e oferece um impressionante espetáculo visual que vale as centenas de milhões que custou, mas o torna uma história simplista e recheada de lugares deslumbrantes.

Doze anos depois de arrasar no mundo todo com o "Titanic" - 11 Oscar e US$ 1,842 bilhão de faturamento, que o transformaram no maior sucesso da história - Cameron volta com um dos filmes que mais expectativa despertou nos cinéfilos.

A mistura de tecnologia 3D, "live-action", recriação por computador, cenários naturais e atores reais misturados com outros gerados por computador oferece como resultado uma imagem espetacular, depurada, extremamente impactante e, principalmente, muito inovadora.

Algo que é necessário até mesmo agradecer em um mundo como o do cinema, que tende a se retroalimentar de sucessos antigos e que faz com que "Avatar" seja provavelmente um divisor de águas no conceito e na maneira de fazer filmes.

As criaturas "navis", habitantes de um distante planeta em que os homens chegaram em busca de um valioso mineral, são feitas a partir de um elaborado processo que mistura animação gráfica a imagens de atores reais, o que oferece um realismo nunca visto antes, com movimentos, traços e até articulação de boca muito próxima a dos humanos.

E isso é algo importante em um filme no qual o enfrentamento entre os "selvagens" humanos e os ecologistas "navis" se desenvolve tanto de forma conceitual como físico.

Cameron pensou na história há 15 anos, mas demorou a executá-la pela dificuldade técnica, bem diferente do conteúdo, que é extremamente simples.

O protagonista é Jake Sully, (o australiano Sam Worthington que segue subindo em popularidade, após ser a surpresa de "Terminator Salvation (O Exterminador do Fururo"), um ex-fuzileiro naval que se une a um projeto que deve permitir aos humanos explorar esse valioso mineral existente em Pandora, o planeta em vivem os navis.

Uma história oportunamente ecológica na qual os navis, seres azuis de três metros de altura e profundos olhos amarelos, levam uma vida que se pode chamar de sustentável.

Entre eles se infiltram os "avatares", falsos nativos construídos com DNA de humanos e de navis, controlados pelo cérebro de humanos como Jake e a doutora Grace (Sigourney Weaver).

A história de amor entre o humano e a navi, a luta entre os impiedosos humanos e os inocentes indígenas, a batalha interna dos homens que duvidam se realmente estão no caminho correto, a etapa de conscientização ecológica, tudo cabe perfeitamente em um roteiro no qual o que está contido ali é claramente acima do conteúdo.

Os mais de US$ 300 milhões de orçamento (US$ 500 milhões segundo alguns) permitiram a Cameron tornar seu sonho realidade e oferecer ao espectador imagens espetaculares e únicas, cheias de um realismo em 3D que fica unidimensional no que se refere à história.

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