Vaticano O papa Bento 16 envolveu-se hoje na polêmica entre o Vaticano e a Bélgica desatada na última semana ao criticar o que chamou de "deplorável e surpreendente" postura da polícia na investigação de supostos casos de pedofilia.
Na última quinta, em operação de busca e apreensão de documentos, policiais belgas entraram no escritório e na casa do último arcebispo de Bruxelas, violaram túmulo de sacerdote e detiveram arcebispos por nove horas. "Neste momento triste, quero expressar minha solidariedade pela surpreendente e deplorável maneira pela qual as buscas foram realizadas´´, disse o papa Bento 16 em comunicado à direção da conferência dos bispos local.
O sumo pontífice disse que "a Justiça deve seguir o seu curso´´, mas defendeu o direito da Igreja Católica de investigar casos de abuso sexual envolvendo sacerdotes paralelamente à autoridade civil. No dia 11, o papa implorou perdão pelos casos que têm surgido nos últimos meses.
Na última sexta, a igreja já havia convocado o embaixador belga no Vaticano e manifestado "espanto" e "indignação" com a ação policial.
E ontem o secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, disse que as operações "são sem precedentes até sob regimes comunistas".
Denúncias
Na residência e no escritório do arcebispo Godfried Danneels, os agentes belgas apreenderam, além de documentos, o seu computador. Policiais invadiram também o encontro mensal dos bispos da Bélgica, que se iniciava naquele momento, detiveram os sacerdotes durante a busca e os obrigaram a entregar telefones celulares.
E, além de violar ao menos um túmulo, policiais apreenderam arquivos de um painel independente que investiga cerca de 500 casos de abuso sexual cometidos por sacerdotes. O painel alegou violação da privacidade das vítimas para criticar as ações.
Informações do Diário do Nordeste.
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